Verão começa neste fim de semana; veja o que esperar da estação mais quente do ano
19/12/2025
(Foto: Reprodução) Praia de Ipanema lotada no Dia de São Sebastião
Felipe Figueiredo/@figfelipefoto
O verão começa no próximo domingo (21), às 12h03 (horário de Brasília), e deve ser de chuvas um pouco abaixo da média e temperaturas mais altas do que o normal em boa parte do país, segundo a Climatempo.
☀️Caracterizado pela elevação da temperatura em todo o país, no verão os dias se tornam mais longos do que as noites e as mudanças rápidas nas condições do tempo são comuns.
A estação mais quente do ano se estende até as 11h45 do dia 21 de março de 2026 e não deve ter influência de fenômenos climáticos como o El Niño e o La Niña.
"O episódio de La Niña que predominou na primavera vai terminar até o fim de janeiro de 2026. Assim, a maior parte do verão 25/26 será em modo de neutralidade no oceano Pacífico Equatorial", explica a meteorologista da Climatempo, Josélia Pegorim.
VEJA TAMBÉM:
Ultrapassar 'limite seguro' do Acordo de Paris pode triplicar áreas de calor extremo
Segundo os meteorologistas, um outro sistema deve ter muito impacto no clima no Brasil ao longo do verão: a Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul (ASAS).
🌀A Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) é um grande anticiclone, isto é, uma região na atmosfera onde a circulação dos ventos é anti-horária. Ela se localiza permanentemente entre o Brasil e a África e faz parte da circulação atmosférica global.
O sistema influencia o clima em parte do Brasil durante todo o ano, mas, quando está mais próximo do que o normal do país, as regiões Sudeste, parte do Nordeste e do Centro-Oeste têm redução nas chuvas.
➡️Quando essa aproximação acontece no verão, as principais consequências são:
Estação mais quente que o normal, com maior ocorrência de veranicos e até ondas de calor
Deficiência de chuva em muitas áreas do país
"Como todo sistema de alta pressão atmosférica, o ASAS deixa o ar mais seco, o que reduz a nebulosidade e as condições para a chuva", detalha Josélia.
A ASAS também dificulta a formação de grandes áreas de instabilidade, que provocam chuva persistente por vários dias. Além disso, causa irregularidade nas tradicionais pancadas de verão.
LEIA TAMBÉM:
Grandes poluidoras estão ligadas a metade do aumento da intensidade das ondas de calor no mundo, aponta estudo
2025 deve ser o segundo ou terceiro ano mais quente já registrado, alerta ONU
Verão menos chuvoso
Assim, principalmente por conta da influência desse sistema, o verão deste ano deve ser marcado por chuvas abaixo da média para a estação.
Segundo a Climatempo, os meses de janeiro e fevereiro devem ter temporais em todas as regiões do país, mas de forma irregular. Já em março, a tendência é de maior regularidade nas chuvas.
Com isso, a tendência é de volumes um pouco abaixo da média para a estação em quase todo o país.
A costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e áreas do interior do Maranhão e do Piauí devem ser as regiões com as marcas mais abaixo do normal para o período. (veja no mapa abaixo)
Boa parte do país deve ter chuvas abaixo da média no verão.
Arte/g1
🌧️Por outro lado, os seguintes locais devem ter chuva acima da média, como mostra o mapa:
norte do Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Paraná
sul e leste de São Paulo
sul de Minas Gerais e Zona da Mata Mineira
sul do Rio de Janeiro
Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
norte do Amapá
Temperaturas acima da média
Além da previsão de chuva abaixo da média em boa parte do país, a expectativa é que as temperaturas fiquem mais altas do que o normal para o período em grande parte do Brasil.
🌡️Por conta da ASAS, a estação deve ter uma maior ocorrência de veranicos, isto é, uma sequência de dias com temperaturas mais elevadas do que o normal.
Áreas do Sul e da fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos especialmente quentes, e que podem ser classificados com onda de calor.
Grande parte do país deve ter temperaturas acima da média no verão.
Arte/g1
Apenas as seguintes áreas devem ter marcas dentro do normal:
leste do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná
sul de São Paulo
Aracaju
Alagoas
leste de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte
noroeste do Mato Grosso
norte de Rondônia
oeste do Acre e do Pará
Amazonas
Roraima
parte do Amapá