Tarifas recíprocas: veja a lista completa de taxas cobradas pelos EUA por país
02/04/2025
(Foto: Reprodução) Presidente americano diz que tarifas recíprocas serão de ao menos metade das alíquotas cobradas dos EUA por outros países. Brasil será tarifado em 10%. Trump mostra tabela do "Dia da libertação" com tarifas a países
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, detalhou nesta quarta-feira (2) quais serão as tarifas recíprocas que pretende cobrar de produtos importados a partir de abril.
O republicano afirmou que o país cobrará 10% de todas as importações feitas do Brasil, e as demais tarifas que serão cobradas dos países que taxam produtos norte-americanos serão ao menos metade da alíquota cobrada dos EUA.
Veja abaixo a lista completa.
Chamada pelo republicano de "Dia da Libertação", esta quarta-feira (2) marca o início de um conjunto de tarifas que, segundo Trump, libertarão os EUA de produtos estrangeiros.
"A partir de amanhã, os Estados Unidos implementarão tarifas recíprocas em outras nações. [...] Vamos calcular a taxa combinada de todas as suas tarifas, barreiras não monetárias e outras formas de trapaça [...] e vamos cobrar deles aproximadamente metade do que eles têm nos cobrado", afirmou Trump.
No caso do Brasil, a base para todos os produtos é de 10%. Aço e alumínio, que têm taxas próprias já anunciadas, seguem com 25% de taxa.
O presidente norte-americano afirmou que, caso os países não queiram ser taxados, devem transferir suas fábricas para os EUA. "Tarifas dão ao nosso país proteção contra aqueles que nos fariam mal econômico. [...] Mas, ainda mais importante, elas nos darão crescimento", afirmou Trump.
Trump anuncia 10% de taxa para produtos brasileiros
Na última semana, o presidente norte-americano chegou a afirmar que as tarifas devem incluir todos os países, mas disse que as taxas podem ser mais suaves do que se espera e que está disposto a fazer acordos.
Além das tarifas recíprocas, outras taxas já anunciadas por Trump também passaram a valer nesta quarta-feira (2), como a cobrança de 25% sobre carros importados pelos EUA e as taxas de 25% sobre as exportações feitas ao país e que não se enquadrem no USMCA (acordo comercial que existe entre os três países), por exemplo.
As incertezas sobre como essas taxas devem funcionar e quais os impactos podem ter nas economias do mundo têm impactado o mercado financeiro nas últimas semanas e causado uma série de reações de diferentes países.
No Brasil, o Senado Federal aprovou, na véspera, em regime de urgência, um projeto que cria mecanismos e autoriza o governo a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros.
O projeto recebeu apoio amplo do Congresso e do governo, e veio após Trump citar o Brasil como exemplo de um país que deve ser taxado.
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