Peixe-sapo encalha em praia do Amapá e é devolvido ao mar; VÍDEO
23/10/2025
(Foto: Reprodução) Peixe-sapo encalha em praia de Calçoene (AP) e é devolvido ao mar
Um peixe-sapo foi encontrado na praia do Goiabal, em Calçoene (AP), e resgatado por um morador. O animal, da espécie Batrachoides surinamensis, tem cabeça grande e cauda achatada e chamou atenção por suas características incomuns.
O vídeo foi gravado por Natanael Rocha, morador da região, e viralizou nas redes sociais. Ele explicou que é comum encontrar animais na praia durante o período de maré alta.
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“Quando a lua está crescente, a maré também sobe. Isso aumenta o volume dos ventos, das águas e das ondas. Por isso, é comum aparecerem animais aqui no nosso litoral, na praia do Goiabal, em Calçoene”, disse Natanael.
A professora de Engenharia de Pesca da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Neuciane Dias, identificou o peixe como um Batrachoides surinamensis. Segundo ela, o animal é considerado “exótico” por seu visual incomum, habilidade de camuflagem e capacidade de emitir sons.
“O peixe-sapo pertence à família Batrachoididae, possui corpo robusto, cabeça grande e achatada, lembrando um sapo e daí o nome popular. Também conhecido como pacamão, tamboril, peixe-cuíca, pacamã ou pacuma toadfish”, disse a pesquisadora.
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Fora da água, o peixe-sapo apresenta mudanças na cor, reações fisiológicas e emite sons como grunhidos, segundo Neuciane. Isso ocorre por alguns motivos:
Mudança na coloração natural — fora da água, a pele úmida reflete a luz de forma diferente, dando a impressão de mudança de cor.
Reação fisiológica ao estresse — o peixe infla e se contrai como defesa, já que músculos e bexiga natatória reagem à pressão fora da água.
Capacidade de emitir sons — grunhidos ou roncos são produzidos por vibrações na bexiga natatória e servem como defesa e comunicação.
A pesquisadora também destacou que o peixe-sapo não é consumido com frequência e não tem valor comercial, embora não seja tóxico como outros da família Thalassophryninae.
Peixe-sapo encalha em praia do Amapá e é devolvido ao mar
Natanael Rocha/Arquivo Pessoal
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