Tragédia no RS: bombeiros, policiais, militares e voluntários resgatam milhares de pessoas

  • 06/05/2024
A FAB resgatou mais de 30 pessoas e as levou para uma área seca em Agudo. O helicóptero só conseguiu chegar até elas graças a coordenadas enviadas por um drone. Bombeiros, militares e voluntários já fizeram milhares de resgates do RS Na noite desta segunda-feira (6), o Jornal Nacional conversou com a professora universitária e voluntária Camila Rohden Buche. "Na realidade, eu acredito que não seja eu que seja importante, mas todos que estão aqui. Nós estamos em uma força-tarefa. Sou professora universitária, meus alunos estão todos aqui. Nós estamos resgatando as pessoas da água. O nosso papel é o acolhimento. Então, as pessoas saem da água, a gente faz um primeiro acolhimento, encaminha para uma triagem médica. Aqui embaixo nós temos uma UTI móvel improvisada, onde funcionários da saúde, voluntários da saúde estão ali e depois eles são encaminhados para assistência social e para os abrigos. Nesse primeiro momento, eles chegam muito debilitados. Nós resgatamos crianças sem pais, resgatamos bebês de por volta de seis meses sem os pais. Então, a situação é muito triste, muitos idosos, doentes. Essa região aqui é uma região que tem bastante idosos. Então, o resgate dos idosos bem debilitados está sendo bem difícil esse trabalho. E aproveito esse momento para agradecer a todos os voluntários que estão aqui. Todos não estão medindo esforços para conseguir aí resgatar essas pessoas e salvar vidas", afirma. O Jornal Nacional também entrevistou o voluntário Sandley Barros. "A gente está tentando ajudar o pessoal que está precisando. A gente sabe que a gente está com uma situação de terror. É um cenário de guerra aqui, todo mundo está vendo. Eu acho que o que vocês vão ver na televisão não é 10% do que está realmente acontecendo aqui. Eu nasci e me criei ele na Vila. Sábado a gente teve que retirar pessoas lá de dentro com colchão inflável porque a gente não tinha acesso a equipamentos. Então, a gente... A água no pescoço, risco de vida, e está todo mundo ajudando. É uma corrente do bem que todo mundo se mobilizou para ajudar. E a gente vai continuar até isso acabar. Os próximos capítulos agora vão ser pior, que vai ser a reconstrução dos bairros. Então, a gente precisa da ajuda de todo mundo que puder ajudar da maneira que puder ajudar". Mas além desses voluntários, tem bombeiros, tem policiais, tem muita gente fazendo um trabalho enorme para resgatar milhares de cidadãos na enchente no Rio Grande do Sul. Do alto, as equipes de resgate procuram por pedidos de ajuda. A cidade de Eldorado do Sul, a 10 km de Porto Alegre, está praticamente embaixo d'água. Os bombeiros resgataram uma mulher pela janela do segundo andar de uma casa. O voo até um local seguro dura cerca de um minuto e meio. Em outro resgate, os militares avistam um pedido de socorro. Cinco pessoas da mesma família foram salvas pelo telhado. "Foram vários idosos, crianças, animais de tudo que é tipo, na verdade. Então, como é que vou te dizer... Não tem nem muito o que falar. Porque onde a gente chega, as pessoas estão desesperadas. Acabou a cidade basicamente, acabou. A destruição foi muito grande", conta um militar. Em Santa Maria, na região central do estado, o trabalho dos militares não para nem à noite. O helicóptero também levou alimentos e itens de primeiros socorros para a população. A FAB resgatou mais de 30 pessoas e as levou para uma área seca em Agudo. O helicóptero só conseguiu chegar até elas graças a coordenadas enviadas por uma outra aeronave, pilotada remotamente. O drone da FAB é capaz de permanecer 36 horas ininterruptas no ar e tem dez câmeras de alta resolução, que permitem monitorar vários alvos ao mesmo tempo, em tempo real. Imagens de satélite mostram antes e depois de maior enchente da história no Rio Grande do Sul Em Porto Alegre, o cordão humano carrega garrafões de água e caixas de alimentos. Há cinco dias, os braços dos voluntários trazem pessoas resgatadas e exaustas. Jalma Garcia chegou sem forças. A aposentada, que mora em Eldorado do Sul, precisou ser levada em uma cadeira de rodas para atendimento. Ela estava isolada desde quinta-feira (2). Valessa Pires é enfermeira: “A gente deixa filho em casa também, tudo. Alguém tem que ajudar. Todo mundo que está aqui está tentando fazer um pouquinho. E isso que é importante. E quando consegue, é lindo”, diz. Em bairros alagados da capital, a ajuda chega de barco. Em um dos locais, o trabalho dos voluntários é diferente. Precisa ser de convencimento com moradores que não querem deixar suas casas. Depois de alguns minutos, Nelson, de 86 anos, concorda em sair. Foi salvo junto com a cachorra de estimação. “Mais uma vida que a gente consegue salvar nessa situação complicada”, comemora um voluntário. Em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, depois de ser resgatada, a mulher a gradeceu um a um os bombeiros. Cada vida salva é comemorada. Elenita e uma das filhas pousaram em segurança. LEIA TAMBÉM Chuvas no RS: onda de calor bloqueia frente fria e agrava tragédia; entenda cenário e veja previsão Temporal no RS: Aeroporto de Porto Alegre suspende voos pelo menos até 30 de maio 'Enchentes históricas', 'evento climático extremo', 'sul isolado': imprensa internacional repercute tragédia no RS

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/05/06/tragedia-no-rs-bombeiros-policiais-militares-e-voluntarios-resgatam-milhares-de-pessoas.ghtml


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