Sobe para 85 o número de mortes em enchente no Rio Grande do Sul

  • 06/05/2024
Enquanto o interior tenta se recuperar, Porto Alegre e Região Metropolitana seguem em colapso. A capital a gaúcha enfrenta a maior enchente da história. Sobe para 85 o número de mortes em enchente no Rio Grande do Sul A partir desta segunda-feira (6), o desastre que os brasileiros viram se avolumando desde a semana passada no Rio Grande do Sul passa a ser apresentado pelo Jornal Nacional onde os fatos estão se desenrolando. Porque, ao contrário de outras tragédias climáticas que nós já testemunhamos, essa, ao longo dos dias, foi piorando invés de melhorar. Nesta segunda-feira (6), subiu para 85 o número de mortes oficialmente confirmadas nessa enchente e 134 pessoas ainda estão desaparecidas. O drama que o povo gaúcho está enfrentando tem uma gravidade absolutamente incomparável. Até mesmo por causa das previsões da meteorologia para os próximos dias. A equipe do Jornal Nacional foi ao Rio Grande do Sul para prestar solidariedade ao povo gaúcho e para apoiar o trabalho dos profissionais da RBS, afiliada da Globo na região. Não há oportunidade mias clara para demostrar a importância fundamental de uma parceria na cobertura jornalística desse porte. Do porte que esses acontecimentos exigem. O Rio Grande do Sul vive um momento absolutamente assustador. E é isso que o Jornal Nacional vai mostrar, com a maior fidelidade possível, com o trabalho ampliado a partir dessa segunda (6). Veja os danos e os estragos provocados por essa enchente não apenas em Porto Alegre, mas nas cidades do interior do Rio Grande do Sul também. Um estado arrasado. Em Lajeado, no interior, a água começou a baixar. Moradores fazem o caminho de volta com a esperança de encontrar a casa de pé. "Inesperado o que aconteceu aqui para nós, todo o Rio Grande do Sul. Estamos voltando agora para Cruzeiro do Sul", conta um morador. Em Cruzeiro do Sul, um dos municípios com o maior número de mortes, esta segunda-feira (6) foi o primeiro dia de sol. Dois terços da cidade chegaram a ser inundados; 700 pessoas estão em abrigos. Mas com a água mais baixa, a população começa os mutirões de limpeza. "Eu fiz uma casa alta. Nunca pensei que fosse receber uma enchente de mais de 2 m dentro da minha casa. Aqui, todo mundo perdeu tudo", lamenta um morador. Uma experiência que Roca Sales vive pela segunda vez em menos de oito meses. Em setembro de 2023, ela já tinha sido atingida por uma enchente. "Graças a Deus, nossa família está toda bem. Não temos nada, mas temos a vida e os filhos", diz uma moradora. Enquanto o interior tenta se recuperar, Porto Alegre e Região Metropolitana seguem em colapso. A capital a gaúcha enfrenta a maior enchente da história. Para onde se olha há inundações e as consequências que elas trazem. Importantes ruas e avenidas estão alagadas. Na Zona Norte de Porto Alegre, um dique transbordou e moradores de pelo menos três bairros precisaram sair de casas às pressas. "Está tudo embaixo d'água. Meu segundo piso não tem mais nada, e eu só quero pegar meu cachorro. Meu pai e minha mãe eu consegui resgatar e o cachorro ficou para trás", conta uma moradora. Porto Alegre está irreconhecível. Em um mapa é possível ver como era a capital gaúcha e como está hoje, depois do avanço do Rio Guaíba. O maior aeroporto do estado, o Salgado Filho, não deve receber voos até o fim de maio porque está alagado. O aeroporto recebe cerca de 550 mil passageiros todo mês. Não é possível mais ver a grama dos estádios de Grêmio e Internacional. A Arena do Grêmio chegou a abrigar mais de 500 pessoas sem casa. A orla do Guaíba, ponto turístico da cidade, agora serve como local de resgate de moradores de cidades vizinhas. Todos os resgates que chegam têm muita pressa. Várias embarcações chegam ao mesmo tempo. As pessoas dizem, nos autofalantes, que é preciso ter muita pressa porque a orla do Gasômetro está alagando, e os carros não vão conseguir sair. Imagens de satélite mostram antes e depois de maior enchente da história no Rio Grande do Sul O nível do Guaíba segue acima de 5 m, a maior marca já registrada na história. O nível de inundação são 3 m. Durante a tarde, os bairros mais populosos da região central da capital gaúcha também precisaram ser evacuados às pressas. A prefeitura teve que desligar uma casa de bombas que fica no bairro Menino Deus, e a água começou a invadir as ruas. De acordo com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, a bomba precisou desligada porque havia risco de descargas elétricas em outras áreas alagadas. Também por causa do risco de descargas elétricas, a empresa de energia cortou a luz em algumas regiões da cidade. Estão bloqueadas total ou parcialmente 163 estradas federais e estaduais. O que é mais um desafio para o socorro às vítimas e a distribuição de ajuda. Uma imagem comovente veio da cidade vizinha de Canoas: o primeiro esquadrão de helicópteros da Marinha registrou um resgate de uma criança que estava em uma área totalmente inundada. Enquanto isso, a união traz um pouco da força que o povo gaúcho precisa. "Porque a gente vai ter muitos dias de luta, meses, anos, para construir tudo o que a gente perdeu. Que Porto Alegre é tão lindo e maravilhoso, e a gente perdeu tudo. Então, a gente tem que ter força também e dar força para eles que estão precisando", diz uma mulher. Resgates O trabalho de resgate de vítimas não para. É uma enchente de tamanho absurdo. Na noite desta segunda-feira (6), centenas de pessoas ainda eram resgatadas no bairro São Geraldo. Botes e barcos com voluntários resgatam moradores que estão ilhados em uma região. Os resgates estão sendo realizados desde domingo (5). Os moradores resgatados são levados para atendimento, um espaço de triagem montado para prestar o primeiro atendimento com voluntários médicos e enfermeiros. Segundo relatos de moradores, desde domingo (5), a água subiu muito rápido. Em Roca Sales, o nível do Rio Taquari passou da marca histórica. Em alguns municípios, chegou a 30 m. Em Roca Sales, foram 25 m. Aeronaves chegam ao local com comida e também fazem buscas por pessoas que estão em áreas onde não há acesso por terra. Roca Sales está sem água e sem luz e, até o final de semana, estava isolada. No Vale Taquari, ao todo, são nove mortes pelos números oficiais. Tem rua em que todas as casas foram levadas. Agora que a água desceu, sobrou muita lama e destruição. Na zona rural, são inúmeros deslizamentos de terra. Em um desses desmoronamentos, segundo a prefeitura, equipes de resgate encontraram cinco pessoas da mesma família mortas. Segundo a Defesa Civil de Roca Sales, elas estavam abraçadas. 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FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/05/06/sobe-para-85-o-numero-de-mortes-no-rio-grande-do-sul.ghtml


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